Hoje, o consumo se pauta em bens intangíveis, qualitativos, que seria o design, a marca, os benefícios emocionais, o apelo à sustentabilidade, entre outros. Para levar e elevar esses bens aos consumidores, utilizamos da criatividade diferenciando estes bens dos bens tangíveis, que além de serem cada vez mais padronizados, se consomem e com o tempo acabam sendo esquecidos, o que não acontece com os intangíveis.
Com esta necessidade surgiu a Economia Criativa, que segundo Lala Deheinzelin, em entrevista para o Diário Catarinense em Outubro de 2014, é o uso da criatividade para geração de riquezas através dos bens intangíveis.
Segundo o SEBRAE, Economia Criativa é um conceito criado para nomear as atividades econômicas e modelos de negócios originados a partir do conhecimento, da criatividade e do capital intelectual.
Após discutirmos sobre Economia Criativa, falaremos sobre Empreendedorismo Sustentável, como que o Brasil pode ser beneficiado e como esse conceito é algo fundamental à “gestão estratégica” do país e das comunidades que o compõem.
A Economia Criativa torna-se inevitável para o mercado, pois estamos vivendo em um mundo de mudanças globais e que se espalham mais rápido com a tecnologia, agora é preciso pensar em mudar o modelo de negócio, inovar mais para evitar uma crise financeira e ambiental.
1 Economia Criativa
Segundo a Economista Ana Carla Fonseca, uma força-tarefa criada por Tony Blair, então candidato a primeiro-ministro do Reino Unido em 1994, identificou uma lista de setores mais promissores para a economia nacional, setores estes que em conjunto passou a ser chamado de “indústrias criativas”, dos quais são eles: arquitetura, artes cênicas, audiovisual, biotecnologia, design, editorial, expressões culturais, moda, música, patrimônio e artes, pesquisa e desenvolvimento, publicidade e tecnologia da informação e comunicação.
A criatividade é um importante diferencial competitivo, para todos os setores, pois significa ganhar destaque e consequentemente vantagem competitiva em relação a concorrência. Os setores obtêm reconhecimento de originalidade, prevalece os aspectos intangíveis na geração de valor, inclusive na cultura, tem ênfase na tecnologia e qualificação de trabalho. Por exemplo, o setor têxtil, indústria tradicional, não pode fabricar qualquer peça de roupa, ele necessita do setor de moda, que usa da criatividade para criar modelos e serem produzidos pela indústria têxtil, no qual ambos ganham o destaque e o diferencial competitivo.
2 Empreendedorismo Sustentável no desenvolvimento do Brasil
Segundo Oscar Motomura, Empreendedorismo é a força do fazer acontecer, ou seja, a pessoa capaz de gerar resultados efetivos em qualquer área da atividade humana. Já sustentabilidade é um jeito de viver que permite as melhores condições de vida para todos, sem qualquer tipo de exclusão em todos os momentos.
Portanto, empreendedorismo sustentável é fazer acontecer levando em consideração o todo em curto, médio e longo prazo, ou seja, atender as necessidades da humanidade sem prejudicar as gerações futuras.
Para que o Brasil se desenvolva utilizando do Empreendedorismo Sustentável, precisa comportar-se de maneira apropriada nos âmbitos jurídico, ético e da responsabilidade social, colocando-se socialmente responsável em tudo que faz. As organizações precisam fazer com que seus colaboradores – desde os funcionários, fornecedores, distribuidores, enfim todos que participam desta cadeia – conheçam e cumpram as leis relevantes, por exemplo, um comprador não deve receber suborno de um fornecedor para poder fechar um pedido e nem o fornecedor oferecer tal suborno; o marketing não deve fazer propaganda enganosa de um produto (greenwashing) dando uma aparência de ecologicamente corretos sem que cumpram essa promessa. Para que tudo isso seja cumprido, é necessário interligar com outras ações, que sem elas podem impedir o progresso da sustentabilidade, que são: a expectativa dos clientes, a mudança nas metas e ambições dos funcionários, maior rigor na legislação e pressão governamental, interesse dos investidores em critérios sociais, pressão da mídia e novas práticas organizacionais. Com as organizações decididas a desempenhar um papel mais sustentável e as pessoas envolvidas neste processo colaborarem ativamente, beneficiará a todos de forma ética, jurídica e responsável.
Para que isso ocorra, a sociedade precisa colocar a criatividade em prática, na busca de soluções inovadoras e sustentáveis, mapeando a sua real necessidade, desde a maior para a menor, sendo que todos devem participar desse processo, compensando cada membro da sociedade para que todos evoluam de forma saudável em todos os setores e áreas do país.
Conclusão
Hoje em dia com a padronização de produtos e serviços, as indústrias precisaram inovar para chamar a atenção do consumidor com bens intangíveis, que seria a marca, design, apelo a sustentabilidade, benefícios emocionais, entre outros. A partir disso, nasceu a economia criativa, que seria o uso da criatividade para geração de riquezas através de bens intangíveis. Tornou-se inevitável para os setores utilizar de um novo modelo de negócio para não se tornar obsoleto e esquecido pelos consumidores, a ideia agora é inovar e criar bens intangíveis para o crescimento da organização, de forma que evite riscos financeiros e ambientais.
Lembrando que para um crescimento global, o país precisa de organizações e pessoas criativas, inovadoras, de senso jurídico, ético e responsável, beneficiando todos os membros da sociedade de forma sustentável a todo o tempo.